DIÁRIO DA SARITA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011


Construída em estrutura de vigas de cumaru com fechamento de vidro, casa acomoda-se em terreno com vista para montanhas da Mantiqueira



Conhecidos por seus projetos simples e racionais, construídos com estruturas leves que resultam em ambientes integrados internamente e permeáveis ao exterior graças a amplos panos de vidro, os irmãos Lua e Pedro Nitsche, da Nitsche Arquitetos Associados tiveram, desta vez, a oportunidade de aplicar essas diretrizes em um cenário exuberante. Com um terreno de 24.000 m² na Serra da Mantiqueira à disposição, os arquitetos puderam se concentrar em criar uma interação constante entre a casa e o “mar de montanhas” da Mantiqueira.
Assim, os pontos mais críticos do projeto foram a definição da implantação da casa no lote, assim como a disposição de suas aberturas -fachadas de vidro e varandas que atuam como mirantes.
Construída com estrutura de vigas de cumaru com fechamento de vidro, a casa acomoda-se delicadamente na borda de uma das colinas do terreno. Apenas a plataforma de concreto, elevada do solo e que define o piso da construção, foi executada in loco.
Com fachada retilínea e envidraçada, o corpo principal da construção é comprido e estreito. Nele foram instaladas as quatro suítes, cozinha, sala de estar e varanda, todos abertos para o vale.
Ligados transversalmente a esse corpo principal, o bloco de serviços e o da sauna, definidos como anexos, viram-se para a parte plana do terreno, conformando um pátio aconchegante e protetor a céu aberto, e se beneficiando de outras paisagens. “É como se a casa possuísse dois espaços distintos definidos pela borda da colina”, explicam.

Estrutura pré-fabricada
A analise cuidadosa do clima e dos acessos levou a uma construção leve, pré-fabricada, com a menor interferência possível no terreno; o sistema pré-fabricado também evita o desperdício de material, de tempo, e de mão de obra.
A boa implantação aproveita as características climáticas naturais da região, que apresenta temperatura média de 16º C. A própria geometria da casa está associada à orientação solar, o que permite entrada de luz e calor durante o inverno, e proteção durante o verão.
“Implantamos o volume retilíneo no sentido leste-oeste, assim a fachada principal orienta-se para norte, recebendo insolação durante o inverno”, explicam Lua e Pedro Nitsche. As áreas de lazer da sauna e deck voltam-se para o oeste, aproveitado, dessa forma, o pôr-do-sol.
Elevar a casa foi a solução encontrada para preservar as características naturais do terreno, eliminando uma possível terraplanagem (cortes e aterros) e mantendo o solo permeável às águas da chuva. A solução deixou anda vão para área técnica de manutenção das instalações hidráulicas e elétricas.
A residência também conta com placas solares para aquecimento da água, de modo a não utilizar recursos não renováveis como combustível, propiciando conforto para os moradores.

 Com fachada retilínea e envidraçada, o corpo principal da construção é comprido e estreito. Nele foram instaladas as quatro suítes, cozinha, sala de estar e varanda, todos abertos para o vale








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